Esta sexta-feira (31 de maio) é o Dia Mundial Sem Tabaco e muito se propaga sobre o tabagismo. Mas o que significa isso? O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica causada pela dependência à nicotina presente nos produtos à base de tabaco.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), fumar é um vício causado pela substância nicotina que está presente no derivado do tabaco e é considerada droga por ter propriedades psicoativas, que ao ser inalada, produz alteração no sistema nervoso central, causando modificação no estado emocional e comportamental do usuário que pode induzir ao abuso e dependência.
É importante incluir também o tabagismo passivo ao abordarmos o conceito, já que corresponde à terceira causa de morte evitável no mundo, perdendo apenas para o tabagismo ativo e o alcoolismo.
De acordo com pesquisa realizada no Brasil pelo Inca, pelo menos sete brasileiros que não fumam, morrem a cada dia por doenças provocadas pela exposição passiva à fumaça do tabaco. O tabagismo passivo refere-se ao ato de inalar a fumaça de uso de tabaco proveniente de um fumante, fazendo com que os malefícios do fumo ocorram mesmo em não fumantes.
O consumo de tabaco diminuiu significativamente desde os anos 2000, segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde. No entanto, essa redução ainda é insuficiente para atingir as metas acordadas globalmente – segundo a organização, a prevalência do tabagismo está diminuindo mais lentamente nos países de baixa renda do que nos países de alta renda.
Dados recentes do Ministério da Saúde mostraram que o hábito de fumar vem reduzindo entre os brasileiros. Conforme o levantamento, a porcentagem de fumantes caiu de 15,7% para 10,1% entre 2006 e 2017, queda de 36%. No ano passado, apenas 9,36% dos brasileiros se declararam fumantes, o que contribuiu para ampliar a queda para 40% desde 2006, segundo dados divulgados pela pasta nesta sexta-feira (31), Dia Mundial do Tabaco.
Porém, os números são alarmantes em esfera global. De acordo com a OMS atualmente há 1,1 bilhão de fumantes adultos no mundo e pelo menos 367 milhões de usuários de derivados do tabaco que “não produzem fumaça”.
Ainda segundo a entidade, o fumo é responsável por mais de sete milhões de óbitos por ano, problemas relacionados às quatro mil substâncias presentes no cigarro, que provocam alterações no sangue, bioquímicas e hormonais. O consumo dessas substâncias está atrelado a doenças respiratórias, problemas no coração e ainda os cânceres de pulmão e garganta.
Para se ter uma ideia da gravidade do problema, o tabaco causa mais mortes do que a soma de todas os óbitos por HIV, malária, tuberculose, alcoolismo, homicídios e suicídios em adultos. A fumaça dos derivados do tabaco possui cerca de 4.720 substâncias. Em conjunto, são responsáveis por mais de 50 doenças. Os males causados afetam de modo importante cada sistema do organismo”, complementa o Dr. Thiago.
As primeiras manifestações do tabagismo no organismo podem ser alterações mais leves, como coloração típica amarelada na face e dedos da mão, envelhecimento da pele, osteoporose, artrites, mau hálito, inflamações ou infecções na boca e dentes, impotência sexual masculina e manchas no corpo. Porém, com o passar do tempo, consequências mais graves são percebidas, como acidente vascular cerebral, infarto, úlcera, aneurisma e câncer.
Da Redação, com Assessorias