A Organização Mundial de Saúde estima que 422 milhões de pessoas tenham diabetes em todo o mundo: 90% dos casos são do tipo 2, adquirida por causa de altos níveis de glicemia no sangue que pode sobrecarregar o pâncreas. Neste Dia Nacional do Diabetes (26 de junho) especialistas alertam que obesidade e sedentarismo são as principais causas da diabetes.

Por isso, a atividade física é apontaca como uma importante estratégia para a prevenção do diabetes tipo 2 e o treinamento resistido (musculação) é uma modalidade muito indicada. A pesquisa Health Professionals Follow-up Study observou 32 mil homens por 18 anos que fizeram mais 150 minutos por semana de treinamento resistido e constatou que o risco de diabetes tipo 2 diminuiu em 34%.

“A musculação é benéfica porque aumenta a sensibilidade à insulina e melhora o controle glicêmico. Exercícios que aumentam a massa muscular são eficientes por elevarem a taxa metabólica, ou seja, aumentam o gasto calórico mesmo no repouso, em que as células musculares estão sendo reparadas pelo efeito pós-treino”, afirma o fisiatra e reumatologista José Maria Santarem, diretor do Instituto Biodelta.

Além disso, a redução da gordura abdominal, a melhora da função mitocondrial e a melhora da captação de glicose na membrana da fibra muscular são efeitos benéficos do treinamento com pesos também.

 “Um aspecto importante é que o treinamento resistido permite adaptações para qualquer condição de saúde, sendo possível até mesmo para as pessoas que têm dificuldade para caminhar”, afirma o especialista. Antes de começar a praticar qualquer atividade física, a pessoa com diabetes deve passar por uma avaliação médica e estar liberada e com orientação adequada para uso da medicação de controle no dia dos exercícios.

A avaliação física ajuda a complementar informações importantes sobre a funcionalidade. “O importante para o diabético é fazer algum exercício que ajude a ganhar massa muscular. O ideal é montar um programa de treino que estimule os grandes grupos musculares, como peitoral, dorsais, coxas, panturrilhas e abdómen. Deve realizar no mínimo duas vezes na semana, mas fazer mais vezes ajuda a manter o metabolismo ativo durante e pós o treino, contribuindo no controle glicêmico”, explica a educadora física Sandra Nunes de Jesus, coordenadora técnica do Instituto Biodelta.

Fonte: Instituto Biodelta, com Redação

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