As aulas presenciais foram retomadas na rede particular de quase todo o Brasil após quase um ano longe das salas de aula. O retorno, que pode trazer alegria para crianças e adolescentes, também é marcado por cuidados com a saúde, higiene e distanciamento social. As temporadas mais frias do ano trazem também preocupação com relação aos resfriados e gripes na escola.
Antes da pandemia, essa seria a época em que as crianças em idade escolar mais sofrem com doenças respiratórias em virtude da grande socialização. No entanto, profissionais da Saúde alertam que o protocolo usado agora para prevenir a Covid-19 também previne o contágio de outras doenças. “É preciso salientar que o protocolo contra o coronavírus veio para intensificar as medidas preventivas contra as doenças infectocontagiosas”, explica a enfermeira Meira Marques, do Colégio Marista Santa Maria.
As maneiras de manter a comunidade escolar segura no retorno às aulas já são bem conhecidas do público. Viviane Hessel, infectologista do Hospital Marcelino Champagnat orienta: “É preciso usar máscara, manter distanciamento, cuidar com a higiene das mãos, evitar aglomerações e manter os ambientes arejados com ventilação natural”, conclui a médica.
Para Hessel, as medidas de prevenção não podem relaxar. “A Covid-19, assim como os resfriados, são transmissíveis por via respiratória ou mãos contaminadas em contato com as mucosas. Porém, como estamos em pandemia, estes sinais poderão também podem significar covid-19 e terão que ser investigados para confirmar”, afirma.
Confira as dicas:
No dia a dia, as medidas adotadas durante o período de isolamento social precisam ser reforçadas. A enfermeira Meira Marques preparou uma lista para ajudar os pais na orientação das crianças e adolescentes nas escolas:
Proteger a boca e o nariz ao tossir e espirrar, utilizando preferencialmente lenços descartáveis. Quando não houver lenços disponíveis, recomenda-se utilizar a dobra do cotovelo;
Realizar sempre a higienização das mãos, principalmente após tossir ou espirrar e antes de se alimentar;
Não tocar nos olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam devidamente higienizadas;
Não compartilhar alimentos e objetos de uso pessoal, como copos e garrafinhas;
Usar agasalhos adequados ao clima, principalmente quando a temperatura estiver mais baixa;
Investir na alimentação saudável e na hidratação com líquidos (água e sucos naturais, por exemplo), que ajudam na manutenção da saúde;
Estimular a prática de exercícios e atividades físicas.
Cuidados com as doenças sazonais
“Ainda não temos vacinas para a população pediátrica, mas a proteção contra influenza é mandatória, pois, além de proteger a criança e consequentemente os familiares desse importante vírus, diminui a procura pelo hospital e, portanto, a exposição ao SARS CoV-2”, afirma a Dra. Fabianne.