Para os amantes de café e seus efeitos benéficos para o corpo, o mais incrível desse produto não é somente sua maneira mais conhecida de consumir, seja coado ou cápsulas através de máquinas de cafés, mas sua potencialidade por meio de diferenciados produtos encontrados no mercado atualmente.

Depois do tradicional cafezinho, as formas mais consumidas de café são com leite, capuccino, macchiato e latte. Nos últimos anos, sua forma de consumo está cada vez mais diversificada e ganha espaço em sobremesas e drinks de café gelado com frutas cítricas.

Outras opções diferenciadas são os super cafés, um blend energético completo pensado para o bem-estar. Ele reúne múltiplos ativos em apenas uma fórmula, com o objetivo de turbinar a performance durante os treinos e as atividades diárias.

Para os que não gostam de café, hoje já é possível encontrar refrescos funcionais em pó sem adição de açúcares, feitos a partir de extratos naturais de frutas, cafeína e outros ingredientes que ajudam a dar mais energia, concentração e disposição.

Lojas especializadas em produtos naturais e nutrição esportiva possuem alguns tipos desses cafés diferenciados, produtos com cafeína concentrada ou sem cafeína que podem proporcionar efeitos semelhantes. Na Bio Mundo, por exemplo, dentre os mais de 300 produtos, além da marca própria da rede, é possível encontrar as cápsulas de cafeína e outros itens como os super cafés e cafés orgânicos.

E para quem não pode ou prefere ficar longe da cafeína, as lojas de Brasília possuem um tipo de café especial: o café de açaí, que nasceu da prática importantíssima do reaproveitamento de sobras orgânicas do caroço do açaí que iria para o lixo.

O sabor é semelhante ao sabor do café tradicional e está ficando conhecido por suas incríveis propriedades antioxidantes, fibras, como a inulina, e ainda é extremamente nutritivo e uma ótima fonte de energia. Além de conter poucas calorias, esses compostos vegetais são excelentes para ajudar a regularizar seu sistema digestivo.

Os diferentes modos de preparo da bebida pelo mundo

No Dia Mundial do Café (14 de abril), a indústria cafeeira celebra a bebida e os processos que envolvem toda a cadeia, desde os cultivos até como chega à mesa dos consumidores. Uma peculiaridade interessante da segunda bebida mais consumida no mundo é a maneira de como é servida pelo mundo e os ingredientes utilizados em seu preparo, como manteiga, melaço de cana, gengibre, manteiga ghee, leite condensado e até sal.

André Luiz Luzio, barista da Sterna Café, rede nacional de cafeterias premium, compartilha as particularidades de algumas culturas e dá dicas de como preparar algumas variações interessantes da bebida. O especialista utilizou cafés especiais, mas explica que também pode ser preparada com cafés tradicionais.

Austrália
Os inventores e grandes consumidores do café gelado tomam o Flat White. Seu preparo pode ser feito na máquina de espresso, uma dose dupla de ristreto, total de 30ml, ou com o café coado tradicional. Deve-se fazer um creme leve com 210ml de leite e acrescentar, com uma colher, um pouco da espuma. Para a versão gelada, basta fazer num copo com gelo.

China
Aqui a diferença fica por conta do melaço de cana, caramelo ou calda, que é adicionado, uma colher (sopa) ao café coado ou espresso. A aparência fica um pouco parecida com o chá, bebida tradicional do país.

Cuba
Pode-se utilizar uma cápsula de café espresso com um pouco de açúcar demerara. É feito na máquina de espresso, colocando o demerara diretamente na porta filtro e extraindo uma dose dupla da bebida Cuban Coffe. A mistura traz mais doçura a bebida.

Dinamarca
Café com sal. Por conta da intensidade de cafeína dos grãos que lá existem, coloca-se o sal (sal kosher não tem iodo) para quebrar o amargor. 1 pitada de sal na xícara e coloque o café coado. Quanto maior a intensidade do pó, maior quantidade de sal. O sal precisa ser cristalizado e não refinado. Isso ressalta a doçura da bebida.

Estados Unidos
Na terra do Tio Sam os cafés costumam ser mais suaves, porque são consumidos em grandes quantidades. Pode ser feito na prensa francesa, como também no coador ou espresso. Para o preparo, acrescente ao café pronto (2 xícaras), já no copo, uma colher (sopa) de caramelo salgado e uma xícara de leite, que precisa estar levemente cremoso.

Etiópia
Muitas especiarias são utilizadas para o café da Etiópia. Moa tudo junto: canela, gengibre, cravo e anis estrelado, separe uma colher (sopa) e misture com uma xícara do café que preferir. É uma verdadeira explosão de sabores.

Singapura
Este preparo traz energia ao longo do dia. 1 colher (sobremesa) de leite condensado, misture com 1 xicara de café coado e ½ colher (sobremesa) de manteiga ghee. Misture normalmente e está pronto para ser degustado.

Em Singapura usa-se leite de iaque, um tipo de mamífero da Ásia, que misturado ao café mais intenso, proporciona vigor mais prolongado. Lá costuma-se tomar pela manhã e pode ser gelado, sendo preparado em um copo com gelo. Boa dica para pré-treino físico.

CAFÉ em números

Com creme, açúcar, adoçante, chocolate, ou até mesmo puro, o café já é a segunda bebida mais consumida no Brasil. De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, serão consumidos 168 milhões de sacas na safra 2022/23, cerca de 700 mil a mais do que a safra anterior, o que mostra uma tendência de crescimento na popularidade da bebida.

Além de ser o maior produtor e exportador de café do mundo, o Brasil se destaca no consumo: junto com a União Europeia e Estados Unidos, devem absorver 91,5 milhões de sacas. Os brasileiros ingerem de 3 a 4 xícaras de café por dia, o que equivale a aproximadamente 5,8kg ao ano, segundo a Organização Internacional do Café (OIC).

Ainda segundo dados da Associação Internacional do Café (ICO) e do Dieese, o Brasil está entre os 15 países que mais consomem o grão, em 14º lugar. Agora, quando o assunto é produção de café, o Brasil está no topo do ranking mundial: cerca de 40% da produção mundial total vem de terras brasileiras. Minas Gerais, São Paulo e Paraná são os principais estados produtores.

Café produzido no Rio já foi parar em Paris

O Rio de Janeiro, que já foi grande produtor de café no passado, tenta correr atrás do prejuízo. O estado produz anualmente 300 mil sacas de café, sendo a Região Noroeste a maior produtora do estado, com mais de 80% da produção. Os municípios de Varre-Sai, Porciúncula, Natividade e Bom Jesus do Itabapoana são os principais destaques, onde o café também movimenta o turismo, com diversos tipos de atividades culturais.

O café Iranita, de Porciúncula, selo ouro pela Emater-Rio, foi o grande vencedor do concurso de melhor café torrado para expresso no Rio Coffee Nation 2021, um encontro dedicado aos cafés especiais e orgânicos do Brasil. Com a vitória, o produto foi apresentado em Paris naquele ano, no Paris Coffee Show.

A cafeicultura da Região Noroeste está em plena expansão, inclusive, com uma estimativa de que tenham sido plantados, no ano de 2022, aproximadamente 3 milhões de pés de café, refletindo em uma área plantada de mais de 500 hectares. Na sequência vem a Região Serrana, com o equivalente a 14,8% da produção colhida e 12% do faturamento bruto estadual com a cafeicultura. Graças aos incentivos, em 2022 houve um aumento de 127% no faturamento anual comparado ao ano anterior.

Com Assessorias

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