O comportamento continua sendo pauta importante, especialmente em tempos de confinamento, o que exige inúmeras adaptações e esforços para se adaptar à nova rotina compulsória dentro de casa. Em “Manual para a convivência na selva do lar”, publicado pela Summus Editorial, o psicoterapeuta e educador André Trindade propõe alguns caminhos e reflexões sobre organização do tempo.
Segundo autor, que atua em consultório e desenvolve palestras e cursos para pais e educadores, a questão da utilização do tempo atinge todas as famílias. O tempo da escola (pública ou privada) é um tempo cronológico, organizado sequencialmente em rotinas que se repetem.
O tempo de casa tende a ser um tempo subjetivo (por mais que os adultos se esforcem para torná-lo objetivo), principalmente quando expandido dessa forma que estamos vivendo. Isso tem um grande impacto na organização psíquica tanto em nós, quanto neles”, afirma Trindade, que também atua como psicomotrista.
O manual traz os tópicos: As refeições; Trabalhos domésticos; Largar o celular; Sobre a arrumação das gavetas; Tempo de presença; O tempo dos adultos; Brincar eletrônico; Brincar livre; Adaptações no espaço da casa; O tempo da leitura; Convivência entre irmãos e com os amigos; O tempo do adolescente; O tempo da escola; O medo; Jogo e Higiene; e Contato físico é possível?.
Para o período do confinamento, ele sugere a criação de uma tabela de horários em uma cartolina afixada numa parede, ou num quadro negro, à vista de todos.
Não adianta escrever em uma caderneta perdida dentro da gaveta. É preciso que todos possam vê-la o tempo todo pois facilmente nos esquecemos de novos hábitos e regras. A casa deve se transformar em uma espécie de acampamento com a participação de todos”, ressalta.