O câncer de mama continua sendo o o tipo mais incidente e o que mais mata mulheres no Brasil. Em 2023, foram contabilizadas mais de 20 mil mortes pela doença no país. Entre 2020 e 2023, houve redução da mortalidade entre mulheres na faixa entre 40 e 49 anos. Os dados estão na publicação Controle de câncer de mama no Brasil: dados e números 2025, lançada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca)  nesta sexta-feira (3).

O estudo traz informações sobre incidência, mortalidade, fatores de risco, prevenção, acesso a exames e tratamento para ajudar profissionais de saúde e gestores pelo país. Para este ano, são estimados 73.610 novos casos. isso correspondendo a um risco estimado de 66,54 casos novos a cada 100 mil mulheres, conforme a publicação “Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil” do Inca.

De acordo com o relatório, o Sudeste é a região com maior incidência da doença, e Santa Catarina, no Sul, registra a maior taxa entre as unidades da federação. Em relação à mortalidade, as regiões Sul, Sudeste e Nordeste lideram, e as maiores taxas estão em Roraima, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, respectivamente.

Em 2021, foram registrados 18.139 óbitos de mulheres por câncer de mama no Brasil. No entanto, a maioria dos casos, quando tratada adequadamente e em tempo oportuno, tem bom prognóstico para as pacientes. A doença, que representa três em cada dez diagnósticos de câncer em mulheres brasileiras, é a mais comum entre as mulheres em mais de 157 países, excluindo os casos de câncer de pele não melanoma. 

Mortalidade por câncer de mama é maior entre 50 e 59 anos

A chefe da Divisão de Detecção Precoce e Organização de Rede do Inca, Renata Maciel, disse que nos últimos 3 anos tem melhorado o tempo entre o diagnóstico e o primeiro tratamento, com destaque na Região Sul, que tem o maior percentual de casos tratados em 60 dias.

A mortalidade em mulheres de 80 anos ou mais tem aumentado e tem reduzido essa mortalidade em idades mais jovens. O maior percentual de mortes está na população entre 50 e 69 anos”, disse.

Para Renata, ainda se tem que melhorar a cobertura do rastreamento, que é baixa no Brasil. “Precisamos aumentar essa cobertura para 70%, e hoje a gente tem uma variação em alguns estados do Norte em torno de 5,3% e no Espírito Santo, de 33%. É muito baixo. Nosso foco é centrar esforços nesse rastreamento organizado para que as mulheres façam a mamografia a cada dois anos”.

O diretor do Departamento de Atenção ao Câncer do Ministério da Saúde , José Barreto, lembra que o rastreamento e o diagnóstico precoce fazem parte da proposta do programa Agora Tem Especialista, lançado pelo governo federal.

Estamos com o propósito de redução da fila de espera no tratamento. O tempo é vida no câncer. Incorporamos novos medicamentos”, afirmou.

Da Agência Brasil

Shares:

Posts Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *