Nos últimos anos, o conceito de autocuidado tem ganhado cada vez mais visibilidade diante de um cenário marcado por rotinas aceleradas, pressões constantes e um bombardeio de estímulos típicos da vida contemporânea.  Popularizado por campanhas de saúde, redes sociais, influenciadores e veículos de comunicação, o termo muitas vezes é associado apenas a práticas pontuais, como momentos de lazer ou cuidados estéticos.

No entanto, especialistas destacam que o autocuidado se trata, na verdade, de um compromisso diário com a saúde física, mental, emocional e social.  De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 80% dos casos de doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e diabetes tipo 2 poderiam ser evitados por meio de mudanças sustentáveis no estilo de vida, evidenciando a importância de um autocuidado consciente e integral como ferramenta de prevenção e promoção da saúde.

Mulheres da ‘geração sanduíche’

Neste 24 de julho, Dia Internacional do Autocuidado, é hora de ampliar o entendimento sobre o que significa, de fato, cuidar de si. O autocuidado também passa pela vida profissional. E para as mulheres da chamada “geração sanduíche” — que têm por volta de 40 anos e se dividem entre o cuidado com filhos, pais e trabalho — essa consciência é ainda mais urgente.

Cuidar da vida profissional é, sim, uma forma de autocuidado. É proteger aquilo que te dá sustento, identidade, autoestima e realização pessoal”, afirma a psicóloga Bia Tartuce, consultora de RH e mentora de líderes e de carreira.

Essa geração vive o desafio constante de equilibrar os pratos da maternidade, da vida familiar e da carreira. Dados do IBGE mostram que mulheres no Brasil dedicam, em média, 21,3 horas semanais aos afazeres domésticos e de cuidado, quase o dobro das 11,7 horas dos homens. Essa sobrecarga impacta diretamente a saúde mental e o desempenho no trabalho. Em 2024, 64% dos afastamentos por transtornos mentais foram de mulheres, com idade média de 41 anos, segundo o Ministério da Previdência Social.

Pequenas pausas ao longo do dia

Segundo a psicóloga e professora do Centro Universitário Uniredentor, Renata Caveari, a cultura do desempenho muitas vezes nos afasta da consciência de que somos humanos e precisamos fazer pausas. Para ela, o autocuidado mental representa uma forma de reconexão pessoal, por meio do respeito aos próprios limites e da acolhida das emoções.

Ela ressalta que atitudes simples, como fazer pequenas pausas ao longo do dia, praticar a respiração consciente, reservar momentos para o lazer, ler bons livros e até mesmo aprender a dizer “não” quando necessário, são formas práticas de cuidar da saúde mental. É, de acordo com a especialista, um processo contínuo de conscientização das próprias necessidades, que leva à implementação de ações específicas para atendê-las.

Entre os principais desafios, Dra Renata destaca a valorização excessiva da produtividade constante que acaba aprisionando as pessoas em um ciclo de culpa. “A cultura do desempenho nos captura o tempo todo com metas urgentes e estímulos em excesso. Isso faz com que muitas pessoas se sintam culpadas por parar e cuidar de si. O primeiro passo, portanto, é aceitar que precisamos nos colocar como prioridade. Só vivemos uma vez e é preciso valer a pena. Nossa saúde é única e deve ser inegociável”, enfatiza.

Preservar a vida profissional com equilíbrio é autocuidado

Para a psicóloga Bia Tartuce, preservar a carreira com equilíbrio é parte essencial do autocuidado. “Não é só fazer pausas ou exercícios. É também ter coragem de dizer ‘não’ a uma tarefa extra quando se está no limite, negociar prazos, delegar o que for possível. Isso é se proteger”, reforça.

Bia alerta ainda que buscar o equilíbrio perfeito entre todas as esferas da vida é uma armadilha. “Em uma semana, o foco pode ser o filho doente; na outra, uma entrega urgente no trabalho; e na seguinte, a mãe idosa. Tentar equilibrar tudo o tempo todo é um dos maiores gatilhos para a ansiedade e a sensação de fracasso”, afirma.

O verdadeiro autocuidado, segundo ela, é também estar aberta para receber ajuda. “A mulher não pode ser a única rede de apoio da família inteira. Ela precisa ter a sua própria rede — inclusive no ambiente profissional. Isso também é autocuidado”, finaliza.

Geração sanduíche: fenômeno protagonizado por mulheres exaustas

Médica e pesquisadora no tema refletem sobre os desafios e o futuro das mulheres responsáveis pelo cuidado multigeracional

Imagine a seguinte rotina: acordar cedo, começar os cuidados do dia com a casa, com os filhos e com o trabalho, gerir as pendências da casa, ir ao mercado, cuidar da limpeza e da alimentação dos que convivem contigo, levar os pais e filhos ao médico e aos exames. É fácil lembrar de alguém conhecido com essa rotina, como se estivessem no recheio de um sanduíche transgeracional. Assim se chama esse fenômeno frequente nas casas brasileiras: geração sanduíche.

Trata-se do dia a dia de pessoas que dedicam suas horas a cuidar não só da casa, trabalho e vida pessoal, mas também dos mais velhos e dos mais novos com quem moram. As pesquisas sobre essa parcela da população indicam que o fenômeno é prevalente entre mulheres de 35 a 49 anos, que cuidam e moram ao mesmo tempo com crianças, jovens (que saem cada dia mais tarde de casa) e idosos.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio Contínua (Pnad Contínua) do IBGE, em 2019, demonstraram que 54,1 milhões de brasileiros com 14 anos ou mais cuidavam de outros moradores da sua casa ou de parentes. Em 2022, o mesmo IBGE apontou que a geração sanduíche corresponde a mais de um terço da população, sendo 51% mulheres.

 

A médica paliativista e intensivista, Carol Sarmento, diz que frequentemente vê seus pacientes, principalmente mulheres, enfrentando essa rotina dita sanduíche. Esses grupos em sua grande maioria são compostos de mulheres que, historicamente, já estão sobrecarregadas devido às dinâmicas da sociedade e a uma divisão desigual e injusta.

Ser responsável pelo cuidado dos descendentes e ascendentes é desafiador no cenário emocional, financeiro e físico”, explica a médica. Carol enfatiza que as pessoas que se encontram nesse cenário são propensas a sofrerem estresse crônico e transtornos psicológicos e mentais em decorrência da sobrecarga. São pessoas que não conseguem priorizar o próprio bem-estar, descanso, autocuidado e desenvolvimento pessoal.

Segundo Dani Moraes, escritora e educadora emocional, é comum que a responsabilidade pelo cuidado multigeracional tenha demandas semelhantes, ainda que de natureza diversa.  “Se considerarmos ainda as mulheres, responsáveis por esses cuidados, que não necessariamente convivem na mesma casa, o número é ainda maior”, destaca Dani. Ela ressalta que a convivência multigeracional pode, sim, gerar benefícios e trocas ricas para as relações, o problema é o trabalho do cuidado de ambas as gerações ser uma atribuição compulsória das mulheres.

“Depois de cumprir uma lista interminável de tarefas, essas mulheres chegam ao final do dia extremamente cansadas e com uma inevitável sensação de frustração. Afinal, não é possível dar conta sozinha de tantas atribuições. O que vemos são mulheres sofrendo por questões de saúde mental, muitas delas medicalizadas, não com a intenção de cuidarem do seu próprio bem-estar, mas, sim, para que possam continuar funcionais, mantendo uma rotina exaustiva, sem qualquer percepção ou alteração na qualidade de vida”, conclui Dani, que faz parte do projeto Cuida, para levar informações sobre autocuidado para públicos diversos.

 

Uma visão para o futuro dessas mulheres

A idealizadora do Cuida, Carol Sarmento, acredita que seria socialmente importante que a atual geração sanduíche fosse a última a viver dentro dessa realidade, rompendo com esse ciclo de sobrecarga. “Não basta apenas que os adultos de meia-idade saiam dessa situação, mas também garantir que as gerações futuras não tenham o mesmo destino”, explica.

Para isso, é necessário, por exemplo, se preparar financeiramente para dar suporte aos pais e filhos em crescimento – ajustar as expectativas financeiras, planejar investimentos, seguros e a aposentadoria.

É essencial também que essas mulheres estabeleçam limites, recebam ajuda dos demais familiares nas demandas e custos envolvidos, sem se valer de uma postura evitativa e que tende a recusar o apoio de outros”, finaliza a médica.

Para Dani Moraes, “é preciso também repensar as políticas públicas que envolvem toda a cadeia do cuidado em nossa sociedade”. A educadora e pesquisadora acredita que “as questões estruturais não garantem condições sequer para a criação das crianças, que dirá para dar conta dos cuidados específicos com idosos”.

Dani enfatiza que, diante disso, até mesmo os cuidados pessoais básicos são percebidos como mais uma obrigação na vida dessas mulheres. “Falamos da importância do autocuidado, que de fato é essencial, afinal, precisamos estar bem cuidadas para poder cuidar, porém, diante de tamanha responsabilidade acumulada, essa necessidade muitas vezes é percebida como mais uma exigência”, finaliza Dani.

Mulheres da geração sanduíche cuidam dos filhos e dos pais

O crescente número de pessoas que se dividem entre os cuidados com os filhos e os pais idosos, o impacto desta realidade e como encontrar o equilíbrio serão abordados por especialistas  

A chamada Geração Sanduíche reúne pessoas entre 30 e 50 anos que estão pressionadas como o recheio de um sanduíche. De um lado, estão as responsabilidades com seus filhos; de outro a preocupação com os pais, que demandam maior cuidado em função do avançar da idade. O número que pessoas nesta situação é crescente e esta realidade gera diversos impactos na vida dos ensanduichados.

“A Geração Sanduíche ganha cada vez mais espaço na sociedade e um dos maiores desafios dessas pessoas é conciliar as tarefas, definir prioridades e ainda criar um equilíbrio com suas próprias vidas, inclusive emocional”, afirma a farmacêutica e bioquímica Marcia Sena, CEO da Senior Concierge. “É uma etapa que exige uma capacidade maior de ajuste e organização”, diz a executiva que é, ela própria, uma ensanduichada.

Desde a última década, é crescente o número de pessoas que se veem na situação de ter que cuidar, simultaneamente, dos filhos e dos pais. Essa “geração-imprensada” tem sido estudada cada vez mais no Ocidente e há uma extensa literatura sobre os cuidados prestados e o impacto dessa atenção na própria vida dos ensanduichados.

A vida moderna valoriza muito o aspecto profissional das pessoas. Com isso, as mulheres passaram a ter filhos mais tarde do que era comum, ajudando a nascer uma nova geração, com uma nova nomenclatura.

Esta nova geração diz sobre o fato de precisarmos “manter a peteca no ar” e nos equilibrar entre os cuidados com os filhos, muitas vezes pequenos, e com nossos pais e avós que, no processo de envelhecimento, passam a precisar de mais atenção financeira e emocional.

No entanto, para os membros do sanduíche há certo benefício, como por exemplo a possibilidade de convivência social intergeracional. Com os netos, mais jovens, permitindo a manutenção da inserção deste idoso de 60 anos na comunidade.

Geração sanduíche: o que é e por que também precisam de cuidados especiais

Especialista explica a importância de dar suporte psicológico, emocional e afetivo aos integrantes dessa faixa da população que se sentem pressionados pelos cuidados que precisam ter com os filhos e pais idosos, somados a vida profissional

A demografia brasileira nas últimas décadas tem passado por movimentos importantes que vem trazendo novos desafios. O aumento da expectativa de vida, que passou de 45 anos na década de 40 para 76 anos em 2020, de acordo com o IBGE, tem dado mais longevidade e pressionado a previdência social, por exemplo.

Do outro lado, além de uma diminuição na natalidade, tem sido cada vez mais comum as mulheres terem filho com um pouco mais de idade. De acordo com as Estatísticas do Registro Civil de 2019, também do IBGE, entre 2008 e 2018 aumentou o número de mães com mais de 30 anos.

No período, cresceram em 26% o número de pessoas que foram mães entre 30 e 34; 56% entre 35 e 39 anos e 36% entre 40 e 44 anos. A tendência de ter filhos com uma idade mais madura é clara, já que o mesmo levantamento mostra uma queda no número de mulheres que tiveram filhos entre 25 e 29 anos (queda de 8%); 20 e 24 anos (-17%) e 15 e 19 anos (-26%).

As novas formatações da sociedade brasileira acabaram criando demandas específicas. O movimento combinado do envelhecimento da população e as mulheres tendo filhos mais tarde criou a chamada “geração sanduíche”, por exemplo. O termo foi concebido pela assistente social Dorothy A. Miller, em 1981, e vem ganhando popularidade no Brasil.

Márcia Sena, especialista em qualidade de vida na terceira idade e fundadora e CEO da Senior Concierge, empresa que pratica um modelo de atenção integrada para dar suporte a pessoas com mais de 60 anos, pontua que o conceito define adultos que estão comprimidos por demandas de filhos – geralmente crianças e adolescentes – e dos pais – normalmente que têm mais de 70 anos.

“Essa é uma realidade que tem se encaixado no panorama de muitas mulheres, que compõem majoritariamente a geração sanduíche. Elas têm filhos que chegaram em uma idade em que precisam que elas tenham muita energia para ajudá-los em diversas áreas e ao mesmo tempo seus pais estão idosos e também precisam de suporte”, explica.

 

As dores da geração sanduíche

Sena argumenta que a geração sanduíche representa principalmente mulheres que estão na faixa etária de 35 a 60 anos (com uma predominância maior entre 40 e 55 anos). Como os brasileiros estão se aposentando mais tarde, as pessoas nessa faixa demográfica sofrem ainda com pressões diárias no trabalho.

A especialista faz questão de lembrar que as “ensanduichadas” passam por outras questões que afetam as mulheres, como o machismo, pressões sociais que vem de estereótipos de gênero, racismo (no caso de negras), abandono paterno e mais.

“Com todo esse peso nas costas, é muito comum que essas mulheres se sintam culpadas de não ‘dar conta’ de tudo. Então elas se culpam por não ter tempo para cuidar dos pais idosos, sentem que deveriam passar mais tempo com os filhos, sentem que a vida profissional está estagnada e que a vida afetiva está morna”.

Passando por todas essas condições, que afetam principalmente o emocional das mulheres, a geração sanduíche apresenta problemas como:

  • Insônia;
  • Estresse;
  • Obesidade;
  • Depressão;
  • Irritabilidade;
  • Esgotamento;
  • Falta de motivação;
  • Problemas de memória;
  • Problemas afetivos;
  • Falta de concentração;
  • Imunidade baixa;
  • Ansiedade;
  • Baixa produtividade no trabalho (causada por todos os sintomas anteriores).

Melhorando a qualidade de vida da geração sanduíche

Sena começou a estudar e se especializar sobre o conceito de geração sanduíche porque ela mesma passou pela experiência de ser uma ensanduichada. Há alguns anos, ela se viu no papel de cuidar da família (do marido e 4 filhos), dar conta das responsabilidades no trabalho e ainda tomar conta dos pais que estavam precisando de cuidados especiais.

A especialista avalia que a pessoa que se preocupa com tantas coisas externas que acaba deixando a própria pessoalidade – incluindo hobbies, atividades de lazer e relações interpessoais – em segundo plano, acaba tendo problemas sérios de qualidade de vida.

“As mulheres da geração sanduíche precisam do mesmo cuidado e proteção que elas oferecem aos filhos e aos pais idosos. É essencial que elas se percebam enquanto pessoas que estão sujeitas a todas essas pressões e recebam apoio dos familiares, companheiros, companheiras e amigos”, defende.

A CEO da Senior Concierge elenca ações práticas que podem ser tomadas pelas ensanduichadas:

 

  • Conversar: depois de reconhecer o problema, é preciso estar aberto para a experiência de expô-lo para outras pessoas. Por isso, é essencial falar sobre os desafios do dia a dia até mesmo com os filhos, principalmente se eles já estiverem na fase de adolescência e começo da fase adulta, e os pais idosos. Ter uma conversa franca pode gerar empatia e trazer para a superfície todas as emoções que acabam negligenciadas no cotidiano. Se for preciso, busque ajuda profissional com um psicólogo ou psiquiatra;
  • Se priorizar: é essencial que a mulher que está sofrendo com o peso de ter que cuidar dos pais e dos filhos saibam avaliar o que é realmente importante. A sensação de insuficiência é muito normal para elas, já que é comum não conseguirmos lidar com todas as exigências que a vida contemporânea nos apresenta. Nesse caso, é muito importante saber avaliar os próprios valores e se perguntar o que é realmente importante. A priorização deixa mais claro o que deve ser feito com mais urgência, o que pode esperar mais um pouco e o que deve ser descartado da sua vida, já que o tempo é o bem mais escasso que temos;
  • Planeje-se: pensar a própria rotina, estabelecer horários e metas e ter uma agenda bem elaborada de atividades pode ser essencial para evitar estresses com demandas não previstas. Neste quesito, o planejamento financeiro também é superimportante, já que ele pode garantir uma velhice mais tranquila e até mesmo uma vida mais confortável para os filhos;
  • Investir em autonomia: de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a autonomia está entre os principais elementos que geram felicidade para a vida de um ser humano. Ou seja, isso indica que as pessoas precisam tentar sempre buscar opções na vida que tragam a independência pessoal e da família, como a independência financeira, por exemplo.
  • Investir na simplicidade: ter uma vida simples não significa renunciar qualquer tipo de bem material, mas sim aprender a viver com o que já temos. Além disso, simplicidade é conseguir ser grato com o que já conquistamos e nos cobrarmos menos de objetivos futuros;
  • Ter um tempo para si: para ser uma pessoa completa e com significado é essencial respeitarmos quem somos. E parte integrante disso é termos nossa individualidade no quesito hobbies. Mais do que meros passatempos, as atividades de lazer também dão significado as nossas vidas, já que trabalhamos e temos todas essas preocupações com a família para que justamente consigamos aproveitar um momento livre para desfrutar do que nos faz bem.
  • Divida as responsabilidades: é fundamental que o cuidador familiar compartilhe os cuidados dos pais idosos com os outros membros da família, para que não se sobrecarregue e possa manter a qualidade de vida.

“O que as pessoas da geração sanduíche precisam saber é que não há como ter um cuidado com os outros se não há um cuidado integral com si mesma. Portanto, é preciso pensar primeiro na própria saúde física e mental antes de pensar em ajudar quem nós gostamos tanto que são nossos filhos e pais”, finaliza Márcia Sena.

Autocuidado: um compromisso diário com o corpo, a mente e a saúde

Especialistas alertam a importância de olhar para o corpo e mente em meio às rotinas exaustivas 

 

Do ponto de vista físico, o cuidado com o corpo também precisa ser priorizado. Nesse sentido, a professora da pós-graduação em dermatologia da Afya Educação Médica Goiânia, Bruna Paula Cunha, alerta que a pele também pode ser um reflexo direto do que acontece internamente.

Quando estamos estressados, cansados ou nos alimentamos mal, isso aparece nela, sendo assim, seu cuidado não é apenas uma questão estética, mas sim uma prática de saúde” explica. Dessa forma, alterações como ressecamento, manchas, acne, queda de cabelo ou sensibilidade podem indicar desde deficiências nutricionais até doenças autoimunes ou hormonais.

“Ao cuidar da pele, estamos prevenindo doenças como dermatites, infecções, acne severa e até câncer de pele e que hábitos como proteção solar, hidratação, alimentação equilibrada e sono de qualidade impactam diretamente a saúde cutânea e o bem-estar geral. Além disso, esses cuidados também se relacionam à autoestima e à saúde mental, que são fatores essenciais para uma vida equilibrada”, esclarece Dra Bruna.

Dicas de autocuidado

Cuidar do corpo e da mente é uma prática essencial que melhora o bem-estar, as relações e a qualidade de vida. Pensando nisso, as especialistas compartilharam algumas dicas importantes:

  • Estabeleça uma rotina de descanso e lazer: Seu corpo e sua mente precisam de pausas. Criar momentos de lazer entre as obrigações diárias reduz a ansiedade, melhora o humor e aumenta a produtividade. Dormir bem também é essencial para a regeneração celular e o equilíbrio emocional.
  • Desenvolva uma rede de apoio: Ter com quem contar faz diferença. Conversar com amigos, familiares ou grupos de apoio ajuda a aliviar tensões, fortalece vínculos afetivos e diminui o sentimento de solidão.
  • Busque momentos de silêncio ou meditação: Parar por alguns minutos pode renovar seu dia. A prática regular de silêncio consciente ou meditação reduz o estresse, melhora o foco e ajuda a lidar melhor com emoções difíceis.
  • Invista em atividades que te dão prazer: O que te faz sorrir também te fortalece. Pintar, cozinhar, dançar, caminhar ou ouvir música são formas de se reconectar com a alegria e estimular a criatividade e o equilíbrio emocional.
  • Faça acompanhamento dermatológico regular: Sua pele também reflete sua saúde interna. Consultas periódicas com um dermatologista ajudam a prevenir problemas como acne, manchas, alergias e até câncer de pele.
  • Beba bastante água: A hidratação influencia todo o funcionamento do organismo. Além de melhorar a saúde da pele e dos cabelos, manter-se hidratado auxilia na digestão, circulação e no bem-estar.

Congresso recebe iluminação rosa e azul pelo Dia Internacional do Autocuidado

Para marcar o Dia Internacional do Autocuidado, o Congresso Nacional recebe iluminação especial nesta quinta-feira (24/7) nas cores rosa (magenta) e azul (ciano). A campanha foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de promover a conscientização sobre a importância de cuidar da própria saúde e do bem-estar.

A data simboliza o cuidado 24 horas por dia, nos sete dias da semana, estimulando a prática de hábitos saudáveis, a prevenção de doenças e a participação ativa de cada indivíduo na gestão da própria saúde.

De acordo com a OMS, ações de autocuidado são hábitos, práticas e escolhas de estilo de vida – atitudes que podemos tomar para cuidar de nós mesmos e levar uma vida mais saudável. Elas incluem, entre outras, praticar atividade física regularmente; manter uma alimentação saudável; cuidar da saúde mental; parar ou reduzir o consumo de álcool e tabaco.

Com assessorias

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