Vacina do HPV: como vencer o medo e o preconceito

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O papilomavírus humano – um palavrão que atende pela sigla de HPV – é responsável por quase 100% dos casos de câncer de colo do útero, que atinge 16 mil mulheres no Brasil. Uma a cada três vítimas não resiste à doença. O mal, no entanto, pode ser evitado com uma simples vacina. No Brasil, a imunização contra o HPV chegou à rede pública recentemente, para atender especialmente meninas na faixa dos 9 aos 13 anos, mas ainda enfrenta inimigos como o medo, o preconceito, a ignorância.

Para abrir o jogo sobre os riscos do HPV, a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) lançou o portal ‘Onda contra o Câncer’ para desmistificar a vacina do HPV e atestar a sua eficácia e segurança. No lançamento da campanha, realizado esta semana em São Paulo, Carla Domingues, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), falou com exclusividade para o Canal ViDA & Ação no Youtube.

Ela fala da importância de manter o cuidado com o programa de imunização e não deixar de levar as crianças para serem vacinadas. E destaca, principalmente, a relevância de as meninas serem imunizadas contra o HPV na faixa dos 9 aos 13 anos, quando podem produzir mais anticorpos para combater o vírus.

Desmaios e fraqueza nas pernas

A vacina contra o vírus da doença sexualmente transmissível chegou a alcançar 92,3% das meninas entre 11 e 13 anos, entre 2014 e 2015. Isso foi logo que passou a fazer parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. Desde março do ano passado, a campanha passou a incluir meninas de 9 a 11 anos. Desde então, houve uma redução no índice de cobertura para 69,5% nesta faixa etária.

Segundo especialistas, registros de desmaios de adolescentes e relatos de algumas meninas que se queixaram de fraqueza nas pernas ou outras reações emocionais levaram os pais a ficar com medo e não incentivar a vacinação. Outro fator que contribuiu foi a baixa adesão das escolas. É fato que quando a vacinação ocorre nesse ambiente a adesão é mais alta por ser mais prático – as pessoas não precisam ir até um posto de saúde.

Mais sobre a doença e a vacina

Somente neste ano, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima o surgimento de 16 mil novos casos de câncer de colo do útero e cerca de 5,4 mil óbitos em 2016.

São cerca de 290 milhões de mulheres no mundo portadoras da doença, sendo 70% infectadas pelos tipos 16 e 18, que são de alto risco para o desenvolvimento câncer do colo do útero

No mundo, os estudos revelam que 265 mil mulheres morrem devido à doença, de acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde.

No Rio de Janeiro, a campanha do Ministério da Saúde pretende imunizar 118,4 mil meninas de nove anos.

Quem está na faixa dos 10 aos 13 anos e que não tomou a vacina ou não completou as duas doses necessárias para ficarem imunes ao vírus também deve aproveitar a campanha. 

Onda contra o Câncer

A  página Onda contra o Câncer esclarece sobre quem pode tomar, a localização de unidades de saúde públicas e particulares que imunizam contra o vírus e várias outras informações sobre a vacina no Brasil e no mundo. O objetivo é vencer o preconceito e ampliar a cobertura vacinal no país.

Colaboração de Ana Carolina Almeida e Ricardo Machado

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