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Um dos sete pecados capitais, a gula tem um dia só para ela. Comemorado nesta sexta-feira (26), o Dia da Gula é uma boa desculpa para aqueles que querem dar uma pausa na dieta e no “Projeto Verão” e fazer um day-off. Poucos sabem, mas essa pode ser uma prática saudável. É o que defende a nutricionista Gabriella Alves, da Corpometria, mestre em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (UnB).

Segundo a especialista, se a dieta for seguida a risca durante a semana, sair dela e comer uma besteira de vez em quando é permitido. “Todas as pessoas que buscam se alimentar de uma maneira melhor e fazem a dieta corretamente durante a semana podem sim comer algo que lhes dê vontade, às vezes. Isso não chega a atrapalhar nos objetivos da dieta”, explica Gabriella. “Dentro das alternativas, opte sempre pelo mais saudável. Fazer escolhas melhores permite que o paciente exagere menos nas refeições”, complementa.

E você, já passou por aquele momento de comer mesmo quando sente que a fome já acabou? Algumas pessoas chamam isso de gula, mas é muito importante estarmos atentos aos sinais do nosso corpo. O Dia da Gula serve como uma referência para pensarmos melhor a respeito dos sinais de fome e saciedade que nosso corpo “emite” e o quanto é prejudicial à saúde não ter o controle na hora de se alimentar, podendo até causar transtornos alimentares.

De acordo com Marcela Tardioli, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi), saber diferenciar sensações como a fome, apetite e saciedade é crucial na hora de manter o autocontrole. Mas, você sabe a diferença?

Fome: é a necessidade fisiológica de comer e não está relacionada a alimentos específicos;

Apetite: é o desejo de comer algum alimento específico. O apetite é muito sensível ao sabor dos alimentos;

Saciedade: pode estar relacionada ao momento de parar de comer e seus sinais aparecem já quando pequenas quantidades de nutrientes são absorvidos em nosso corpo. Prestar atenção ao comer ajuda a identificar os indícios de saciedade.

“É importante comer com atenção plena. Ou seja, durante as refeições é essencial estarmos atentos aos sabores, cores, texturas e aromas dos alimentos. É necessário ter um momento calmo, tranquilo, com foco na ação da vez: o comer”, explica Marcela.

A desregulação do controle de fome e de saciedade pode ser uma das explicações para os transtornos alimentares. Estes são entendidos pela ciência como doenças psiquiátricas com características de alterações no comportamento alimentar, controle de peso e forma corporal. Entenda melhor:

Anorexia Nervosa: perda em excesso e intencional de peso com emagrecimento intenso, abaixo do peso ideal para a altura, idade e outros fatores.

Bulimia Nervosa: passa por um ciclo de restrição de alimentos, compulsão e compensação (podem ser ingestão de laxantes, diuréticos, indução de vômitos, entre outros).

Para conseguir manter a sintonia entre as sensações do corpo, a comida e a mente a nutricionista separou algumas dicas:

1) Antes de comer deixe os problemas de lado, relaxe e aprecie a sua refeição.

2) Diminua as ideias de magreza e corpo ideal, aceita a sua forma física e a sua beleza natural.

3) Use as roupas que te fazem sentir bem. Se admire ao espelho e não deixe que a beleza de outra pessoa traga aspectos negativos para forma que enxerga o seu próprio corpo.

4) Quanto mais prazer você leva para as refeições, melhor será a sua relação com a comida.

5) Quando temos sintonia com o nosso próprio corpo, conseguimos diferenciar o que é uma necessidade e o que é uma vontade. Tudo pode ser consumido, desde que na quantidade certa. Então, se permita!

“É essencial lembrar que dentro de um cardápio balanceado e variado todos os alimentos e grupos podem fazer parte das refeições: legumes, verduras, frutas, pães, massas e carnes são exemplos de alimentos que devem estar presentes no dia a dia. Além disso, sempre procure um profissional da saúde capacitado para uma melhor orientação”, finaliza a especialista.

Fonte: Abimapi

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