‘O cigarro não podia ser maior do que eu’, conta ex-fumante

Meu nome é Rosayne Macedo, sou jornalista, reinventante, mãe, editora-chefe do Portal ViDA & Ação e ex-adicta de cigarro há 20 anos. Com orgulho. Mas chegar até aqui não foi fácil. Comecei a fumar aos 17 anos, na faculdade, porque queria parecer mais velha – era a caçula da turma. Na época, fim dos anos 80, fumar era sinônimo de liberdade e independência para as mulheres. Eu fumava escondido da minha família, em sinal de respeito aos meus pais – como se não percebessem o cheiro de cinzeiro ambulante. Mas na faculdade longe de casa, era um maço por dia. Ou dois, quando tinha festinha de república, shows, festivais de poesia, barzinhos… e tantas outras atividades da movimentada agenda de uma jovem universitária. Foram longos anos vivendo feito chaminé itinerante – e logo eu que nunca gostei do cheiro da fumaça e nem sabia tragar direito. Naquela época, não tinha repressão. Eram outros tempos, sem a ‘patrulha’ que hoje reclamam que persegue os fumantes. Vivíamos novos tempos da abertura política, do começo de uma nova era pós-ditadura militar. Fumar não era feio. Ao contrário, dava um certo charme, um glamour que não tinha nada de inocente. Imagina para a menina … Continue lendo ‘O cigarro não podia ser maior do que eu’, conta ex-fumante