“Dedico a vida de minha filha a toda equipe do hospital envolvida na evolução de seu estado de saúde: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e fonoaudiólogas. Foram 80 dias intubada. Aos heróis do Azevedo Lima, o meu muito obrigado por tudo”, agradeceu a mãe da pequena Alice.
Veja imagens de Júlia e Alice na maternidade, no período de tratamento:
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Levantamento realizado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) aponta que em 2019, de um total de 208.299 nascimentos no estado, 10,85% foram prematuros de 37 semanas. Em 2020, foram 200.215 nascidos, sendo 11,1% antes da hora. Em 2021, ocorreram 208.195, com 11,29% prematuros. Até novembro de 2022, aconteceram 139.023 nascimentos, com 11,91% antes do previsto.
De 2019 a novembro de 2022, nasceram 8.998 crianças com menos de 37 semanas nas quatro maternidades do estado. Foram 3.410 no Hospital da Mulher, o que representa 2,45% do total de nascimentos antecipados em todo o estado; 1.673 no Hospital da Mãe, com taxa de prematuridade de 0,8%; 2.755 no Hospital Azevedo Lima, com taxa de 1,38%; e 1.160 no Hospital Lagos, 0,56% de forma precoce.
Novembro Roxo: Rio reforça ações de humanização
“A data é significativa porque propõe reflexões sobre o processo de humanização necessário para o atendimento aos prematuros, além de reforçar a importância dos programas implantados na rede estadual. Em nossas maternidades, os bebês prematuros recebem suporte qualificado para minimizar problemas inerentes à prematuridade, favorecendo a diminuição de possíveis sequelas”, destaca o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.
Fatores de risco da prematuridade
Com a prematuridade surgem fatores de risco como o peso ao nascer menor que 2,5 quilos, sendo este o principal risco para óbitos, atrasos em diversos níveis no neurodesenvolvimento e sequelas físicas. Parte importante da prevenção ao parto prematuro está relacionada à realização de pré-natal adequado na atenção primária à saúde. Isso inclui consultas, exames laboratoriais e de imagem, para identificação precoce das gestações de alto risco.
“Nas maternidades do estado de média e alta complexidade, os atendimentos às gestantes vão além da utilização da Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal e da Unidade de Cuidados Convencionais. A humanização assume papel importante no conjunto de ações que visam atender às necessidades de ambos na linha de cuidado materno infantil”, relata Rafael Fornerolli, assessor técnico de Humanização da SES.
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Linhas de cuidados na rede estadual de saúde
Canguru – Estimula a presença dos pais por intermédio do contato pele a pele com seus filhos tão logo a estabilidade clínica, peso e idade permitam. Os recém-nascidos são inseridos no método com peso inferior a 1,6 kg até completar 2 kg e passam a ser acompanhados pela equipe ambulatorial, até atingir o peso ideal 2,5kg e receber alta.
Projeto Octo – São polvinhos confeccionados de crochê que ajudam os bebês a se aconchegarem melhor. Os tentáculos evitam que o prematuro puxe os fios do monitor e trazem segurança, pois são feitos para imitar o cordão umbilical. Quando o bebê recebe alta, o polvinho vai junto com ele.
Redinha – Tem a finalidade de acalmar as crianças, pois simula o útero materno. Os bebês de até 1,8 kg são colocados em uma espécie de rede que ajuda as crianças que saíram prematuramente do útero a se sentirem embaladas, como se ainda estivessem no corpo da mãe.
Ofurô – É um banho terapêutico que tem por objetivo promover o relaxamento do bebê. A criança é colocada em recipiente, a 36º graus Celsius, assemelhando-se ao formato do útero. O recém-nato permanece com o corpo submerso, em posição fletida, com os membros inferiores e superiores em linha mediana, flexionados. A cabeça fica fora da água, com apoio do cuidador
Agenda Positiva
Dia da Prematuridade: maternidades estaduais realizam eventos
No Hospital da Mulher, o evento será realizado no dia 17 de novembro, das 9h às 13h. Entre as ações estão a palestra “Garanta o contato pele a pele com os pais desde o momento do nascimento” e uma abordagem da “Qualidade x Desafios na prevenção de IRAS (Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde)” e “Atuação do fonoaudiólogo ao prematuro de risco”.
No Hospital Estadual Azevedo Lima, o “Novembro Roxo” vai incluir no dia 17 de novembro, às 10h, café para as mães de bebês internados na UTI, palestra sobre cuidados no pré-natal, a importância do envolvimento do pai e da mãe no processo do bebê prematuro, além de depoimento de mães sobre o que é ter um filho prematuro na UTI. No dia 23, às 15h, haverá uma capacitação interna de enfermeiros sobre neuro desenvolvimento.
Nos dias 22 e 23 de novembro, será a vez de o Hospital da Mãe promover suas ações. A unidade realiza o 2º Simpósio de Prematuridade, onde serão tratados os temas: “Olhar humanizado na Unidade de Cuidados Intermediários Convencionais”, “Particularidades fonoaudiológicas do contato pele a pele do recém-nascido” e “A importância paterna na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal”.
[…] 11% dos bebês cariocas e fluminenses são prematuros […]
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