Febre amarela: Rio registra primeira morte este ano

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Vacinação Febre Amarela
Depois de uma trégua, a febre amarela volta a atacar no Estado do Rio de Janeiro. A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro informou que foram confirmados dois casos este ano de febre amarela em humanos. Um morador de Teresópolis, na Região Serrana, morreu e o outro paciente, morador de Valença, no Sul Fluminense, encontra-se internado. Os casos foram confirmados na quinta-feira (11) após exames laboratoriais realizados pela Fiocruz, e divulgados nesta sexta-feira (12) pela SES-RJ.

 

De acordo com Subsecretaria de Vigilância em Saúde do Rio, os casos registrados até agora são do tipo silvestre, transmitido pelas espécies de mosquito Haemagogus e Sabeths, presentes em áreas de mata. Não há registro da forma urbana da doença, transmitida pelo Aedes aegypti, desde 1942 no país. No ano passado, foram confirmados 27 casos da doença no estado, com 9 mortes.

O Ministério da Saúde informou que não vai antecipar a campanha de vacinação contra a febre amarela, que está prevista para fevereiro deste ano, porém, quem procurar os postos de saúde poderá ser vacinado. Isso porque existem doses armazenadas que não chegaram a ser usadas ano passado. Os usuários podem procurar os postos de saúde mais perto da residência e pedir a dose da vacina.

Campanha de vacinação  começa em fevereiro

No Estado de São Paulo, 4,9 milhões de pessoas receberão a dose fracionada e 1,4 milhão a dose padrão em 52 municípios. Já no Rio de Janeiro, 2,4 milhões de pessoas deverão receber a dose fracionada e 7,7 milhões a padrão em 15 municípios. Por fim, na Bahia, 2,5 milhões de pessoas serão vacinadas com a dose fracionada e 813 mil com a dose padrão em oito municípios.

O período da campanha em São Paulo será de 3 a 24 de fevereiro, sendo os dias 3 e 24 (sábados) os dias D de mobilização da campanha. Já no Rio de Janeiro e Bahia, devido ao período do Carnaval, as campanhas ocorrerão do dia 19 de fevereiro a 9 de março, sendo o dia 24 de fevereiro o dia D de mobilização.

Fiocruz: dose fracionada vale por oito anos

Estudo recente feito pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz) comprovou que a dose fracionada da vacina de febre amarela é eficaz por, pelo menos, 8 anos. O estudo de dose resposta avaliou 319 pessoas vacinadas com a dose fracionada em 2009 e, após 8 anos, verificou-se a presença de anticorpos contra a doença em 85,3% dos participantes, semelhantes ao observado com a dose padrão neste mesmo período (88%).

Alguns públicos não são indicados para receber a dose fracionada, portanto, irão participar da campanha recebendo a dose padrão: crianças de 9 meses a menores de dois anos; pessoas com condições clínicas especiais (vivendo com HIV/Aids, ao final do tratamento de quimioterapia, pacientes com doenças hematológicas, entre outras), gestantes e viajante internacional (devem apresentar comprovante de viagem no ato da vacinação).

A vacina é contraindicada para pacientes em tratamento de câncer, pessoas com imunossupressão e pessoas com reação alérgica grave à proteína do ovo. A vacinação contra febre amarela impede a doação de sangue por um período de quatro semanas. As pessoas devem realizar a doação de sangue antes da vacinação para manutenção dos estoques de hemocomponentes.

Casos da doença no País

Os informes de febre amarela seguem a sazonalidade da doença que acontece, em sua maioria, no verão, sendo realizados de julho a junho de cada ano. No período de monitoramento (julho/2017 a junho/2018), até o dia 08 de janeiro deste ano, foram confirmados 11 casos de febre amarela, sendo oito no estado de São Paulo, um (01) no Rio de Janeiro, um (01) em Minas Gerais e um (01) no Distrito Federal. Quatro casos evoluíram para óbito, sendo dois em São Paulo, um (01) em Minas Gerais e um (01) no Distrito Federal. Ao todo, foram notificados 381 casos suspeitos de febre amarela em todo o país no período, sendo que 278 foram descartados e 92 permanecem em investigação.

Em relação ao surto que ocorreu no primeiro semestre de 2017, entre dezembro de 2016 e junho de 2017, foram confirmados 777 casos e 261 óbitos por febre amarela, o que representou a maior transmissão da doença das últimas décadas. A região Sudeste concentrou a grande maioria das notificações, com 764 casos confirmados, seguida das regiões Norte (10 casos confirmados) e Centro-Oeste (3 casos). As regiões Sul e Nordeste não tiveram confirmações.

Número de casos no RJ por município de residência em 2017

– 7 casos – Casimiro de Abreu, sendo um óbito

– 1 caso – São Fidélis

– 1 caso – São Pedro da Aldeia* (*paciente contraiu a doença em viagem à zona rural de Casimiro de Abreu)

– 2 casos – Porciúncula, sendo dois óbitos

– 1 caso – Maricá, sendo um óbito (*área rural do município)

– 5 casos – Macaé, sendo dois óbitos

– 2 casos – Silva Jardim, sendo um óbito

– 1 caso – Santa Maria Madalena, sendo um óbito

– 1 caso – Cachoeiras de Macacu

– 1 caso – Niterói* – (*paciente contraiu a doença em Maricá)

– 1 caso – São Gonçalo* – (*paciente contraiu a doença em Maricá)

– 1 caso – Bom Jesus do Itabapoana

– 1 caso – Nova Friburgo, sendo um óbito (*paciente contraiu a doença em viagem a Casimiro de Abreu)

– 1 caso em Conceição de Macabu

– 1 caso em Guapimirim

Fonte: Secretaria de Saúde do Rio e Fiocruz, com Redação

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