5 motivos para atualizar a carteira de vacinação do seu filho

Mais de 47 milhões de crianças e adolescentes de todo o país, menores de 15 anos, estão convocados a atualizar suas carteirinhas de vacinação

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Mais de 47 milhões de crianças e adolescentes  de todo o país, menores de 15 anos, estão convocados a atualizar suas carteirinhas de vacinação. Segundo o Ministério da Saúde, mais da metade (53%) desse público já deveria estar com o seu calendário de vacinação completo. No Rio de Janeiro, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) promove neste sábado, dia  16, o Dia D da imunização. Os postos de saúde estarão abertos para a campanha. Na capital, mais de 200 unidades vão receber para vacinação o dia todo.

Treze vacinas para crianças até nove anos e oito para adolescentes de 10 a 15 anos incompletos estarão disponíveis até 22 de setembro. A Campanha de Multivacinação de 2017 inclui todas as vacinas do calendário básico da criança e do adolescente. São elas: Pentavalente, Meningo C, Pneumo 10, Rotavírus, VIP, Tríplice viral, DTP, Tetra viral, Hepatite A, Hepatite B, HPV e Dupla bacteriana.

Como sensibilizar os pais

A campanha nacional de vacinação do Ministério da Saúde  pretende iniciar ou completar os esquemas de imunização das vacinas para os integrantes dos grupos alvos e a redução do risco de transmissão de doenças imuno-preveníveis. “As vacinas são seguras, devem ser parte da nossa rotina e a conscientização sobre este assunto é muito importante. A procura precisa ser maior e orientamos que os pais compareçam aos postos de saúde para checar e atualizar as cadernetas de vacinação de seus filhos”, diz o secretário de Estado de Saúde, Luiz Antonio Teixeira Jr.

A Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) destaca que as clínicas privadas de vacinação apoiam o Programa Nacional de Imunizações e complementam o serviço. O objetivo é atuar também na avaliação vacinal e atualização da carteirinha, garantindo o sucesso da cobertura vacinal a um grande número de pessoas, o ano todo. Em alguns casos, as clínicas oferecem tipos de doses que não estão disponíveis na rede pública de saúde.

Isabella Ballalai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), listou para o site Vida & Ação cinco motivos para incentivar os pais a levar os filhos para se vacinar. O portal www.familia.sbim.org.br, da SBIm, também traz uma série de informações sobre todas as vacinas disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas clínicas privadas, além de “Mitos e Verdades”, segurança em vacinação, indicações para todas as faixas etárias, dos recém-nascidos aos seniores, vídeos educativos, glossário e muito mais.

1) Proteção individual
A vacinação evita com segurança doenças que podem matar ou causar sequelas graves, como o sarampo, a meningite e a pneumonia. A outra maneira de criar anticorpos contra essas e outras enfermidades é ser infectado e torcer para não ter maiores problemas. Vale a pena?

2) Proteção coletiva
Quanto mais pessoas vacinadas, menor a circulação de vírus e bactérias na comunidade. Por isso, ao se vacinar, você também ajuda a cuidar de quem não pode receber determinadas vacinas, seja por conta da idade ou alguma contraindicação. Vacinar não é apenas um ato de amor próprio, é uma questão de cidadania.

3) Evita o retorno de doenças

Os programas de vacinação permitiram erradicar, eliminar e controlar algumas doenças. Os três tipos de conquistas, apesar de parecerem ter o mesmo significado, são bem diferentes. Entenda abaixo.

Erradicação: Acontece quando vírus ou bactérias deixam de circular em todo o mundo. A única enfermidade erradicada até o momento é a varíola, razão pela qual não há mais vacinação contra ela.

Eliminação: É uma vitória local. Determinadas doenças têm a circulação interrompida por um ou mais países, mas continuam ativas em outros. O sarampo, a rubéola e a rubéola congênita foram eliminados das Américas e a poliomielite de quase todo o planeta — apenas Nigéria, Afeganistão e Paquistão ainda têm casos.

Controle: Também conquista local. Enfermidades que deixavam inúmeras pessoas doentes ainda ocorrem, mas em escala muito menor, por vezes raras. Alguns exemplos no Brasil são o tétano e a difteria.

Caso as coberturas vacinais não sejam suficientes, é grande o risco de a eliminação e o controle se perderem. Neste exato momento, a Europa passa por um enorme surto de sarampo e a Venezuela, que também eliminou o vírus e faz fronteira com o Brasil, registrou alguns casos, provavelmente importados.

4) É um direito seu

A Constituição e o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) garantem aos brasileiros a vacinação. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) cumpre esse papel com sucesso, razão pela qual é reconhecido internacionalmente. Não abra mão do benefício.

5) A vacinação salva vidas

As vacinas são consideradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o segundo maior avanço da humanidade em termos de saúde pública — atrás apenas da ampliação da oferta de água potável. Ainda de acordo com a entidade, se consideradas apenas a tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche) e a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), a imunização previne de 2 a 3 milhões de mortes todos os anos.

Mais sobre a vacinação no Rio

A Secretaria de Estado de Saúde orientou os 92 municípios do estado a reforçarem a Campanha de Multivacinação, lançada pelo Ministério da Saúde na quarta-feira, 13. O público-alvo são menores de 15 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias). “É essencial que todas as crianças e adolescentes estejam protegidos com o calendário de vacinação em dia. Esta convocação é mais que necessária para mantermos a população do Rio livre dos riscos e evitarmos o reaparecimento de doenças já controladas ou mesmo eliminadas no país”, afirma o subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe.

No município do Rio, as vacinas da Campanha de Multivacinação de 2017 estão disponíveis nas mais de 200 unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde) de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) recomenda que pais e responsáveis levem aos postos a caderneta de vacinação da criança e do adolescente ou algum outro comprovante da situação vacinal. Os documentos são avaliados pelas equipes de saúde e eventuais doses que não tenham sido feitas na época indicada são aplicadas.

O público com indicação para receber a segunda dose da vacina contra a gripe também está contemplado. Para o grupo de adolescentes de 9 a 14 anos, estão disponíveis as seguintes vacinas: tríplice viral, dupla adulto, contra hepatite B e contra HPV, esta última específica para as meninas. A vacinação não terá meta a ser alcançada, uma vez que se trata de completar os esquemas vacinais das crianças e adolescentes que eventualmente estejam em aberto.

Em caso de dúvidas, os pais ou responsáveis devem procurar a unidade de Atenção Primária mais próxima de sua residência para informação, orientação e avaliação clínica da criança. Para encontrar a unidade de referência, basta acessar no site da Secretaria Municipal de Saúde o link “Onde ser atendido” (http://www.rio.rj.gov.br/web/ sms/onde-ser-atendido), ou ligar para a Central de Atendimento da Prefeitura, no número 1746.

Fiocruz pra Você

A Fiocruz se transforma mais uma vez em um dos maiores postos de vacinação do país. Será a 24ª edição do Fiocruz pra Você, com várias atividades artísticas e culturais gratuitas para as crianças e suas famílias, das 9h às 17h. Pela primeira vez, além de crianças e adolescentes, os adultos poderão se vacinar nos três postos do campus da Fundação, em Manguinhos, no Rio. Entre as vacinas que serão oferecidas, estão as contra a febre amarela, hepatite B e tríplice viral (veja lista completa).

Dentro da programação, a Fiocruz vai realizar, às 11h, em frente às escadarias do Castelo Mourisco, uma Ação pela Cidadania e pela Paz: homenagem a Betinho. A manifestação contará com a participação de lideranças comunitárias da vizinhança, cientistas, artistas, políticos e outros representantes da sociedade. Herbert José de Sousa, o Betinho, faleceu há 20 anos e foi reconhecido por sua luta contra a fome e em defesa da vida.

Fontes: SBim, SMS, SES e Fiocruz e ABCVAC

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