Música ajuda a aliviar estresse de pacientes internados

Hospital Municipal Souza Aguiar, no Rio, recebe visita do grupo Cantareiros. Música é usada como terapia desde a Grécia Antiga

Grupo de cantores voluntários se apresentou para pacientes do Souza Aguiar (Divulgação/SES-RJ)
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Grupo de cantores voluntários se apresentou para pacientes do Souza Aguiar (Divulgação/SES-RJ)
Grupo de cantores voluntários se apresentou para pacientes do Souza Aguiar (Divulgação/SES-RJ)

Desde a Grécia Antiga a música é aplicada ao contexto terapêutico. Durante a Primeira Guerra Mundial, este recurso era utilizado em hospitais nos Estados Unidos por ter efeito sedativo e relaxante. Na Segunda Guerra Mundial a prática foi retomada como terapia para recuperação de neuróticos de guerra. O psicólogo do Hospital Santa Paula (SP), Luiz Gonzaga, explica que a música se insere como meio para a melhoria da qualidade de vida do paciente internado no hospital. “Isso através do fazer musical, do agir sobre o objeto musical, no qual o paciente tem um papel ativo na busca de sua melhoria e alta hospitalar”.

 

Na manhã desta quarta-feira, 13, às 10h, pacientes do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, foram surpreendidos pela visita do grupo Cantareiros. O projeto social criado por cantores e músicos tem como objetivo levar alegria, música e solidariedade a hospitais, casas de repouso, orfanatos e ONG’s. O grupo percorreu as enfermarias e ambulatórios da unidade onde pacientes, acompanhantes e funcionários participaram e se emocionaram com músicas que falam de esperança e felicidade.

Grupo de cantores voluntários se apresentou para pacientes do Souza Aguiar (Divulgação/SES-RJ)
Grupo de cantores voluntários se apresentou para pacientes do Souza Aguiar (Divulgação/SES-RJ)

Diretor do Hospital Municipal Souza Aguiar, Antônio Araújo conta que o projeto ajuda não só os pacientes, mas a unidade como um todo, incluindo os funcionários e acompanhantes. “O hospital é um lugar difícil de viver, longe de casa, da família e com problemas de saúde, muitas vezes grave. Essa atitude é uma forma de humanizar a estada das pessoas no hospital, tirar atenção da doença e trazer um pouco de felicidade”, avaliou o médico.

Para a coordenadora do projeto, Gleda Lalor, cada visita realizada pelo grupo tem importância única. “Cada pessoa se emociona de uma forma diferente, e é algo mútuo, também nos emocionamos. Uma pessoa no CTI agradeceu e disse que parecemos anjos. É um trabalho de amor, mas também de muita responsabilidade”, disse.

Criado em 2007, o grupo conta, atualmente, com mais de 60 cantores e instrumentistas. As apresentações são compostas por canções em arranjos vocais de vozes mistas, a capella ou acompanhados por instrumentos, que falam de amor e trazem mensagens positivas. O projeto possui fins exclusivamente filantrópicos e já foi indicado a premiações que contemplam iniciativas sociais de pequeno porte, mas de largo alcance, que têm o objetivo de melhorar a qualidade de vida da comunidade.

Dança também ajuda na recuperação

Assim como a música, a dança também contribui para o tratamento e recuperação dos pacientes, além de promover a humanização do ambiente hospitalar, aproximando médicos, cuidadores e pacientes..  Estudos apontam que a dança pode ser benéfica no tratamento de diversas enfermidades. Uma pesquisa da Unicamp mostra os efeitos da dança em pacientes que tiveram um AVC. Segundo monografia apresentada na Universidade São Marcos, em São Paulo, a dança também é positiva para mulheres com câncer de mama, auxiliando na melhora da percepção de imagem corporal destas pacientes.

Com objetivo de promover a arte e a cultura como forma de entretenimento para pacientes, acompanhantes, funcionários e médicos, o Laboratório Cristália apresenta o projeto “Dança nos Hospitais” com a missão de promover a humanização nos hospitais, tornando o ambiente mais alegre para todos que o integram, aproximando médicos e pacientes. A ação é promovida por meio da Lei de Incentivo à Cultura e ocorre em parceria com a Cisne Negro Cia. de Dança, considerada uma das mais conceituadas do País.

O projeto teve início em 2016 na cidade de São Paulo e já passou por hospitais como A. C. Camargo, Santa Casa e AACD. Em 2017, a ação começou a ser implementada também no interior do Estado e outras capitais do Brasil. Em junho, o projeto esteve no  Hospital Santa Paula. Doze bailarinos apresentaram trechos do balé O Quebra-Nozes por aproximadamente 30 minutos em locais de circulação de pessoas, como o saguão. Em seguida, os bailarinos se separaram em duplas e visitaram quartos, UTIs e enfermarias para apresentações menores. A ação impactou em torno de 600 pessoas, entre pacientes, familiares e o corpo clínico do hospital.

Fonte: SMS-RJ e Hospital Santa Paula (SP)

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