Congresso Mundial no Rio debate prevenção de DSTs

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Adolescentes de comunidades cariocas que participam de ações socioeducativas promovidas pelas ONGs Casa Reviver e APROA que atuam em Niterói e Santa Teresa vão participar de um simpósio médico para demonstrar como a educação na prevenção de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) tem sido promovida nesse grupo durante o XI Congresso da SBDST, VII Congresso Brasileiro de Aids, STI&HIV World Congress,  que acontece de 9 a 13 de julho no Windsor Barra Hotel, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Meninos e meninas moradores do Morro do Estado, em Niterói, participam das atividades socioeducativas da Casa Reviver que, desde 2006, atua na comunidade. Entre os objetivos da ONG, está a conscientização sobre educação em saúde e sobre as DSTs, como a causada pelo papilomavírus humano (HPV).

Para despertar o interesse dos adolescentes para o tema, o ginecologista Mauro Romero participa, desde o início de 2016, das rodas de conversas promovidas pela ONG, respondendo às dúvidas dos adolescentes e levando informações sobre educação sexual. Recentemente, o médico começou um trabalho semelhante no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, no Rio de Janeiro.

Além do trabalho voluntário do médico e da sua equipe da Universidade Federal Fluminense, o ginecologista realiza, desde a sua chegada à comunidade, uma pesquisa sobre a prevalência do HPV entre os meninos do Morro do Estado. A pesquisa tem duração de dois anos com previsão de resultados para o final de 2017.

De acordo com a coordenadora da Casa Reviver, Karina da Silva, a chegada do médico à comunidade foi um divisor de águas. Segundo Karina, apesar da facilidade no acesso à informação, principalmente pela Internet, a comunidade do Morro do Estado ainda é carente de informações sobre saúde, inclusive sobre a saúde do homem. A coordenadora lembra que essa carência de informações também está presente nos postos de saúde, que ainda não têm a cultura do atendimento ao homem, ao menino para a orientação sobre a vacinação contra o HPV que, desde o início do ano, está disponível também para meninos no sistema público de saúde.

Base escolar

É grande o desafio dos países que não adotaram a vacinação na escola para alcançar taxas satisfatórias de cobertura vacinal entre adolescentes contra o papilomavírus humano (HPV). No Brasil, o Ministério da Saúde alerta para a importância do envolvimento do setor educacional e a adoção da vacinação em escolas públicas, particulares e unidades básicas de saúde. Apesar da iniciativa, a adesão continua baixa, tanto que o Ministério anunciou no dia 20 deste mês a ampliação da vacina contra o HPV para meninos de 11 a 15 anos incompletos. Com a mudança, serão beneficiados mais 3,3 milhões de adolescentes do sexo masculino. A vacina está disponível para meninas desde 2014.

 

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