Carnaval saudável: atenção para a espuma e a serpentina

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espuma

Confetes, espumas e serpentinas em spray fazem a alegria dos brasileiros durante a maratona de festas do Carnaval. A oferta desses  produtos está em toda parte – internet, lojas e bancas de camelôs. Não é para menos. Elas atraem foliões de todas as idades, mas podem causar graves danos aos olhos. O alerta é do oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier de Campinas. “Se estas substâncias caírem nos olhos a vermelhidão, ardência e alergia são certas. A gravidade do estrago depende da quantidade e do tempo que os olhos ficam exposto sem lavar”, afirma. Em pessoas que usam lente de contato o desconforto e o risco são ainda maiores”, destaca.

Isso porque, explica, a espuma de carnaval é fabricada com cocobetaína e a serpentina em spray com resina. Ambas são bastante tóxicas para a mucosa ocular. Quando em contato com as vistas, os confetes e serpentinas também podem danificar a região. Caso isso aconteça, deve-se lavar os olhos com água em abundância pode solucionar o problema.  “O essencial é lavar os olhos o mais rápido possível com bastante água filtrada, até retirar todo o resíduo dos produtos, sem esfregar os olhos”, ensina. Se o desconforto não desaparecer no mesmo dia, recomenda consultar um oftalmologista.

Na Câmara Municipal de Campinas tramita um projeto de lei do vereador Luiz Carlos Rossini (PV) que propõe a proibição da comercialização na cidade da espuma de carnaval por causa dos riscos à saúde. A mesma proposta para todo o país foi engavetada em 2015 pela câmara dos deputados. Caso o projeto de lei de Rossini seja sancionado, Campinas vai se unir a outras duas cidades da região, Indaiatuba e Amparo conde a comercialização já é restrita.

Queiroz Neto adverte que muitos foliões embalados pelo samba demoram para retirar a espuma ou serpentina, principalmente as crianças. É por isso que acabam tendo úlcera na córnea e alergia. “Os processos alérgicos podem até desaparece com tratamento adequado, mas voltam a aparecer sempre que a pessoa tiver contato com o alérgeno”. Comenta.  Isso não é muito difícil. Segundo o médico vários xampus contêm cocobetaína o que dificulta a seleção depois de um descuido com espuma de carnaval. Este é o caso de uma paciente que teve o olho atingido pela espuma de carnaval e periodicamente tem reação alérgica a xampu por não prestar atenção na fórmula.

A dica do oftalmologista para quem já contraiu alergia ocular com espuma de carnaval é optar pelos xampus infantis. “A recorrência da alergia pode predispor ao desenvolvimento do astigmatismo e até do ceratocone por causa do hábito de coçar os olhos que fragiliza as fibras de colágeno na córnea”, adverte. Em quem nunca teve reação alérgica à espuma de carnaval o uso de qualquer fórmula de xampu está liberado porque o contato com a cocobetaína é muito rápido e por isso dificilmente desencadeia alergia.

Cuidados com crianças

Queiroz Neto afirma que no carnaval o cuidado com as crianças deve ser redobrado porque estão com o sistema imunológico em desenvolvimento e as aglomerações durante a festa facilitam a transmissão do vírus da conjuntivite. O médico adverte que por não estarem habituadas ao uso de maquiagem esfregam os olhos com as mãos e acabam contraindo alergia ocular ou conjuntivite.

O ideal para enfeitar crianças é o uso de pasta d’água que é inócua e evita a formação de brotoeja na pele mais sensível. Em caso de muita insistência para maquiar os olhos, a dica do oftalmologista é só usar produtos infantis e dermatologicamente testados, evitando passar o lápis na borda interna da pálpebra inferior. Isso porque pode obstruir a glândula de meibomio que produz a camada gordurosa da lágrima e provocar terçol. O mesmo cuidado com o lápis vale para mulheres adultas, conclui.

Fonte: Instituto Penido Burnier 

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