Brincadeira ajuda a resolver conflitos na infância

Coach explica que é possível, com a hora da brincadeira, ajudar crianças a resolverem seus próprios conflitos
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Coach explica que é possível, com a hora da brincadeira, ajudar crianças a resolverem seus próprios conflitos
Coach explica que é possível, com a hora da brincadeira, ajudar crianças a resolverem seus próprios conflitos

Filho não nasce com bula, atestam “mãerinheiras” de primeira viagem e aquelas que já se tornaram PHDs na difícil arte de educar. O que para os pais pode parecer apenas uma brincadeira de criança, para especialistas em educação pode representar uma importante ferramenta para a resolução de conflitos. E contribuir para a saúde emocional dos pequenos.

“Através da brincadeira a criança expressa os prazeres e desprazeres e, observando isso, você tem como acessar o que está acontecendo na vida dele. A criança expressa, na brincadeira de faz de conta principalmente, o mundo que ela vive”, explica a coach Pâmela C. Lopes, especializada em coaching para crianças e famílias e uma das pioneiras na técnica do kids coaching.

Mãe de quatro filhos, Pâmela também é escritora, educadora, idealizadora do workshop ‘Mães Sem Estresse’. Segundo ela, a hora da brincadeira deve ser encarada pelos pais para perceber sinais de que tem algo errado com a criança e para solucionar isso.

Segundo ela, é possível aproveitar melhor o tempo de diversão para iniciar conversas mais delicadas, chegar aos sentimentos inexpressados e melhorar o desenvolvimento da criança de várias maneiras.

“Também é possível, durante esse momento informal, introduzir assuntos mais difíceis, melhorar o relacionamento familiar e acessar sentimentos que não são expressados no dia a dia. Para isso, saber a abordagem correta é fundamental e o coaching auxilia neste momento”, explica.

Segundo Pâmela, a abordagem assertiva é um diferencial que pode ser usado durante o horário da diversão, pois as perguntas direcionam para alguma ação. Essa é uma maneira de os pais atingirem diversos objetivos”, garante a coach, que atende crianças de 8 a 13 anos.

A importância do brincar é um dos tópicos do workshop Mães Sem Estresse que vai acontecer dia 9 de julho, em São Paulo, e em setembro, no Rio de Janeiro. Também serão abordados temas como administração do tempo com qualidade, viver sem estresse apesar da crise, mulher multitarefas, a importância do ‘não’ para as crianças, os benefícios de ter valores bem definidos, crenças limitantes, benefícios do diálogo com os filhos, alinhamento de projetos pessoais e familiares.

Ao Blog Vida & Ação, a especialista falou sobre a importância da brincadeira no processo de resolução de conflitos.

1. Como a brincadeira pode contribuir para solucionar conflitos das crianças?

Através da brincadeira você acessa o “universo infantil” com mais facilidade. Você participa da visão de mundo da criança, seus impasses, suas dúvidas, seus medos, e soluções que ela chegou sobre determinado assunto. Aconteceu um fato X. Como ela enxergou/percebeu esse fato? Numa brincadeira ela pode demonstrar isso e com a percepção das pessoas a sua volta, a orientação correta pode vir ao interagir com a criança de foma lúdica durante a própria brincadeira ou em uma conversa após a brincadeira.

2. Em que os pais precisam prestar atenção para entender os sinais que os filhos passam durante a brincadeira?

É interessante que os pais observem e prestem atenção na maneira que a criança se comporta durante a brincadeira, a forma como ela vem se expressando, a forma que ela reage quando acontece algo de que não gosta, como interage com o brinquedo e/ou outras pessoas que estão participando da brincadeira. Não existem regras, e sim uma observação e percepção que pode ligar um sinal de alerta aos pais, para que eles possam dar atenção àquela determinada situação e buscar entender/resolver através da interação com a criança e do diálogo.

3. Quais situações é possível descobrir durante as brincadeiras?

Várias situações podem ser acessadas e descobertas através da brincadeira, desde um mal-estar com algum amiguinho até assuntos mais sérios, como por exemplo, violência sexual, a perda de alguém próximo, separação dos pais etc.

4. Como iniciar a conversa de um assunto mais delicado?

Os pais podem esperar uma oportunidade onde a criança demonstre seu prazer ou desprazer com o assunto, ou criar uma oportunidade, chamar a criança para uma conversa. Entendendo que as crianças precisam de explicações e de ajuda quando não sabem lidar com uma determinada situação. E aos pais cabe orientar, explicar, ajudá-la a compreender. Buscando realmente entender o que está acontecendo naquele momento com a criança, qual a visão dela sobre o fato, acessando sentimentos e entendendo qual o grau de importância que aquilo tem ou terá na vida dela.

Podem criar um ambiente propício para isso, com tranquilidade, ter empatia, evitar julgamentos, agressividade, nervosismo, críticas… Deixando que a criança expresse o que ela está sentindo. Tendo uma escuta ativa, se interessando em realmente ouvi-la. Tendo comprometimento em entender o quanto aquilo está doendo ou vai doer nela, o quanto ela se importa e o que está sentindo realmente.

5. Como o coaching pode beneficiar também as crianças?

Os benefícios são inúmeros. Além de conseguir uma resposta eficiente e eficaz, o coaching gera ação, reflexão e busca solução. Tem uma abordagem diferenciada, fazendo com que a forma de perguntar seja assertiva e leve a criança a pensar em como solucionar determinada situação. O Kids Coaching por exemplo, com a metodologia própria e lúdica, traz resultados não apenas para criança, mas também para as pessoas que convivem com ela (família, escola, professores). Com certeza a abordagem coaching faz toda diferença pela forma assertiva e pelo resultado que traz a todos.

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