Aids: quando o perigo mora em casa

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Há dez anos, a balconista M., de 51 anos, descobriu que era portadora do vírus HIV no leito de morte do marido, com quem foi casada há 19. Ele foi internado com diagnóstico de pneumonia, mas o atestado de óbito confirmou a doença. Preocupada, a balconista resolveu fazer um exame de sangue e o resultado foi positivo.

“No início foi um choque. Mas tive apoio da minha família, dos meus amigos e do meu filho. E decidi: antes de alguém me aceitar, eu me aceitei”, garantiu a balconista, durante uma das consultas na Clínica Municipal Gonçalense, no Barro Vermelho.

O número de mulheres infectadas pelo vírus HIV, no entanto, vem diminuindo ano após anos. Novos dados indicam que enquanto em 2006, a razão entre os sexos era de 1,0 caso em mulher para cada 1,2 caso em homem, em 2015 é de 1 caso em mulher para cada 3 casos em homens. Além disso, os casos em mulheres tem apresentado queda em todas as faixas, em especial, na faixa de 25 a 29 anos.  Em 2005, eram 32 casos por 100 mil habitantes. Em 2015, esse número foi de 16 casos por 100 mil habitantes.

Somente nas primeiras horas da manhã de 1º de dezembro, Dia Mundial de Combate à Aids, cerca de 500 pessoas fizeram testes rápidos nas três unidades de saúde de São Gonçalo, onde também foram realizadas palestras, orientações e distribuição de preservativos. “Meu primeiro teste foi aos 16 anos. Esta é a quarta vez que eu faço. Sei da importância da prevenção e mais ainda de me cuidar e por isso realizo este e outros exames rotineiramente”, conta a dona de casa Ruth Conceição da Cruz, 25 anos, que foi até a unidade em busca de atendimento médico para a filha e realizou o teste.

De acordo com dados da secretaria municipal de Saúde, somente nos primeiros 11 meses de 2016, 486 pessoas foram diagnosticadas com Aids na cidade, número 62% maior que em 2015, quando foram diagnosticados 300 casos da doença. São Gonçalo tem hoje 2.200 pacientes em tratamento para HIV nas unidades referências, onde os pacientes podem contar com os serviços de infectologista, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiras, farmacêutica, nutricionista, técnicos de enfermagem e de laboratório, além do aconselhamento e centro de testagem onde a população poderá realizar testes de HIV, sífilis e hepatites B e C.

O processo de realização dos testes dura 20 minutos e é dividido em três etapas. O paciente realiza o aconselhamento pré-teste com atendimento de avaliação de risco, seguido da coleta de sangue e entrega do resultado que é feita pela assistente social. Após a detecção da doença, o paciente é encaminhado para tratamento ambulatorial com hepatologista e infectologista no PAM Alcântara ou Clínica Gonçalense do Barro Vermelho.

Fonte: Prefeitura de São Gonçalo, com dados do Ministério da Saúde e redação

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